quinta-feira, 30 de novembro de 2006

O Maravilhoso mundo da Propaganda

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

O Jogo mais emocionante da história

Seo Sílvio e o Bambu

Começou a caçada à menina do Bambu, dizem que hoje ela tem 42 anos e é professora de psicologia, Seu o nome é Edinice e que ainda mora em Santa Catariana, logo logo alguém a localiza, é esperar.

25 de Março

Culturando.com
Nova crônica escrita por Marconi Leal especialmente para o site Culturando.com, intitulada "25 de Março" já está no ar.

Trecho:
Digam o que disserem, a verdade é que São Paulo é uma cidade de clima bom. Sobretudo para quem tem o objetivo de pegar uma gripe. Ao contrário de outros lugares do Brasil, aqui há quatro estações muito bem definidas: Sé, República, Luz e Anhangabaú...
clique aqui e leia


terça-feira, 14 de novembro de 2006

E assim nasceu a República

Crônica originalmente postada no Blog do próprio autor: marconileal.com.

15 DE NOVEMBRO DE 1889
Marconi Leal

- Aonde o senhor pensa que vai a uma hora destas?

- Ai, meus sacos! Vou-me ali fundar a República e volto já, mulher.

- República? Então é este o nome de tua nova amiga?

- Eh! Que amiga qual nada, mulher, a República é um... Ah, deixa lá! Vou derrubar a Coroa. Chegarei tarde.

- E ainda tens coragem de dizer-me que ela é uma coroa, Dedé?! Ai, crime! Ó céus! Como eu sou infeliz!

- Mas tenha santa paciência! Quanto teatro! Ó infeliz, então não sabes que estamos a expulsar o Imperador do país e vamos fazer um novo governo?

- Deodoro, Deodoro, tu não me enrolas mais com estas patranhas, Deodoro! Sei muito bem aonde vais com estes teus amigos, todos fantasiados para o entrudo!

- Fantasiad...? Puh! Aquilo ali é o Exército Nacional, mulher! E está a me esperar. Não te afobes. Verás como...

- Não!

- Larga-me, mulher! Levanta! Solta o meu pé, desgraçada! Os homens estão a me esperar! Deixa-te de cenas!

- Se saíres por aquela porta, Deodoro, nunca mais tornarás a ver-me! Ouve o que te digo!

- Ai, meu São José dos Ouvidos Fechados, protetor das fêmeas desvairadas! Mulher, escuta cá o que estou a te dizer: a causa da República está a necessitar deste humilde servo.

- Esquece as calças da República e vem cá divertir-te entre minhas saias, Dedé! Vem! Não gostas mais de mim, é isto?

- Estás surda, mulher? Hein? Dize cá: estás surda? Não estás a escutar que falo de uma nova forma de governo? Da res publica? Res publica!

- Aquela vaca!

- Bom Jesus, socorre-me! Será que não pensas em outra coisa na tua vida? Quantas vezes já te disse que não há outra, senão tu?

- Antes não eras assim. Antes me tratavas como a uma princesa! Por que não me tratas mais como a uma princesa, Dedé?

- Queres que te trate como a uma princesa? Então vou enviar-te para o degredo na Europa. Pois é isto que vamos fazer com a família real, assim que soltares a minha perna!

- Agora vives por aí, a brincar de capa e espada com estes teus amigos dissolutos...

- Quantas vezes tenho que te dizer que aquilo lá é o Exército, obstinada?

- Um homem da tua estatura... Às vezes penso em mandar uma carta ao Imperador, queixando-me de ti...

- Manda, mulher. Mas estou a te avisar: vais gastar uma fortuna com selos. Não me ouviste dizer que ele está de partida, hein? Ficaste surda de vez?

- E agora mais esta: uma mulher! Uma tal de Resplúmbea interpõe-se entre nós!

- Repú... Ah, queres saber? Arruma um tigre sobre tua cabeça e vai lançá-lo à praia, ou bem fica-te cá com tuas lamúrias! Preciso ir!

- Não! Volta, Dedé!

- Larga!

- Não!

- Fui!

- Dedé! Ded... Vai! Vai, sacripanta! Mas fica a saber que estou a fazer feitiçarias contra esta Respúria, ouviste?! Uma preta está a me ajudar! Esta história não tem futuro! Meu santo é forte! Verás como em pouco tempo a Relúbrica entregar-se-á à luxúria e à corrupção! Ficará arruinada e ninguém mais a respeitará! Será mulher de todos e cairá doente, ouviste? Meu santo é forte! Meu santo é forte! Ah, e tem mais: esquece o colchão de penas! Hoje dormirás no canapé!